Os golpistas têm escolhidos os
idosos como as principais vítimas de suas armadilhas. Geralmente o contato é
feito por telefone e por muitos idosos terem certa dificuldade de audição
acabam dando pistas e dicas valiosas aos estelionatários enquanto tentam
entender o que o outro fala do outro lado da linha, depois estas informações
serão usadas na formulação das situações que eles serão envolvidos. Conheça
alguns dos tipos de golpes mais comuns e fique atento se você está preste a cair
em um deles.
1 – Suposto neto ou filho se
encontra em apuro e precisa de ajuda.
Este golpe varia entre situações
de batidas de carro e carro estragado na estrada. O bandido liga com uma
história de – “A senhora/O senhor não vai adivinhar que está falando...” e
nesse momento ele descobre nomes de familiares que poderão ser usados no golpe.
A partir de então ele tenta sensibilizar a pessoa que há alguém querido em
apuros e que o idoso precisa ajudar. Logo depois inventar várias histórias e
pede para que deposite em alguma conta ou em caso mais perigosos que se
encontrem para pegar o dinheiro.
2 – Golpe da atualização do
cartão do banco
Uma mulher liga para residência
de idoso e identifica-se como funcionária do Banco no qual ele tem conta, com
fala educada ela consegue convencê-lo que realmente se trata de situação
verídica onde o seu cartão magnético deverá substituído por outro de maior
segurança e para isso solicita que agende horário nas próximas 24h, quando um
gerente irá levar em mãos o novo cartão. No horário agendado, um homem bem
aparentado, vestindo terno e usando crachá do banco aparece em sua casa.
Logo, a vítima não desconfia de nada e permite a entrada do tal
gerente, que porta envelope timbrado do Banco. Após alguma conversa
cordial, o bandido pede que o idoso pegue seu cartão de débito e empreste uma
tesoura para inutilizá-lo. Nesta distração e usando a sua habilidade e rapidez
ele consegue trocar o cartão com um outro falso e então o destrói com a tesoura.
Para conseguir a senha, a vítima é
convencida que deverá digitar a nova senha em uma máquina eletrônica, porém
mais uma vez essa não se passa de uma armadilha e a senha do idoso será
armazenada. Com posse do cartão e da senha não é difícil imaginar o que
acontece depois.
Uma
variação deste golpe é o do recadastramento bancário por telefone. O golpista
liga para a vítima e diz ser representante do banco no qual ela possui conta.
Na conversa, o estelionatário induz o correntista a fazer seu recadastramento
bancário, digitando os números da sua agência, da sua conta e da sua senha. Com
equipamentos capazes de identificar os sinais sonoros dos números digitados, os
golpistas conseguem ter acesso a essas informações e sacar o dinheiro da
vítima.
3 - Conto da aposentadoria
Nesse caso, a vítima não é contribuinte da
Previdência Social. O golpista identifica-se como fiscal da Previdência e,
demonstrando bom conhecimento de assuntos previdenciários, prontifica-se a
conseguir aposentadoria para a vítima, mesmo que sem a contribuição mensal.
Esta aceita a proposta e paga várias parcelas em dinheiro pelo serviço. Quando
a vítima percebe que tudo não passou de um golpe, o estelionatário some. As
denúncias referentes a esse tipo de golpe podem ser feitas pelo Prevfone
(0800-780191), de segunda a sábado, das 7 às 19 horas.
Os próximos golpes acontecem por abordagem e não
pelo telefone:
4 - Golpe do reajuste atrasado
O golpista identifica-se como funcionário de algum
sindicato ou associação e age na saída de bancos ou próximo a entidades de
classe. Ele aborda as vítimas dizendo que elas têm direito a receber os
reajustes atrasados do benefício previdenciário, oferecendo-se, imediatamente,
para agilizar o processo na Previdência Social. Para tal, pede alguns
documentos e, para cobrir as despesas, um depósito de 10% do valor ao qual,
segundo ele, a vítima terá direito pelos reajustes. Após receber o dinheiro, o
estelionatário desaparece.
5 – Dois golpes do cartão engolido
No primeiro o golpista, usando um produto aderente,
faz com que o cartão magnético do banco utilizado pela vítima fique preso no
caixa eletrônico. O estelionatário fica à distância, observando a vítima
digitar a senha do cartão. Após várias tentativas, a vítima desiste de usar a
máquina e deixa o cartão. O golpista retira o cartão e saca todo o dinheiro
disponível na conta corrente.
No segundo envolve mais preparação dos golpistas.
Em primeiro lugar, eles colocam no caixa eletrônico um dispositivo que prende o
cartão magnético do cliente. Logo depois, os estelionatários
esperam a vítima.
Um deles fica em frente ao caixa eletrônico e coloca um aviso, com o logotipo
do banco e o telefone para informações. A vítima, ao ver seu cartão retido,
pede informações ao golpista. Esse afirma que o caixa deve estar com defeito,
pois foi colocado um aviso do lado de fora da cabine. A vítima decide usar o
telefone e é atendida por outro estelionatário, o qual se faz passar por
funcionário do telemarketing do banco. A vítima fornece dados como o número da
sua conta e a sua senha numérica e é orientada a procurar uma agência bancária
para formalizar o extravio do cartão. Com a senha e o cartão em mãos, os
golpistas sacam o dinheiro da conta.
Estes são alguns dos diversos tipos de situações
criadas pelos estelionatários para tentarem fazer suas vítimas, porém a
criatividade faz com que eles mudem constante mente, logo devemos ficar atentos
e desconfiarmos de tudo. Portanto, é importante ficar extremamente alerta ao
receber telefonema de pessoas que se identifiquem como sendo de bancos, INSS,
Justiça e etc. Não é de praxe por parte de órgãos públicos e instituições
financeiras o uso de telefone como forma de prestar algum tipo de
atendimento. Lembre-se que você não conhece a pessoa que está do outro lado da
linha; a possibilidade de ser golpista é enorme. Jamais acredite de bate-pronto.
Peça o maior número de dados de tal pessoa; tais como: nome completo, local de
trabalho, endereço e telefone de onde trabalha. Depois ligue para o telefone
PABX do local e procure saber se o funcionário existe e se pode falar
com ele, para ter certeza que é a mesma pessoa que lhe telefonou.